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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Dermatofitose / Tinha

            A “tinha cutânea” é causada pela invasão das células epiteliais ceratinizadas e das fibras de pêlo por dermatófitos.( BLOOD, 1991) Mais especificamente, dermatofitose refere-se a infecções dos tecidos ceratinizados da pele ( a camada celular córnea da epiderme, pêlos e potencialmente as unhas, cascos e chifres), por espécies de Microsporum  e Trichophyton. ( SMITH, 1994; FRASER, 19    ) Essa é a enfermidade cutânea contagiosa mais comum de equino. Trichophyton equinum, Trichophyton mentagrophytes, Microsporum gypseum  e  Microsporum canis,  são os isolados mais frequentese considera-se a infecção é altolimitante, mas pode acometer seriamente a função do equino e é de importância zoonótica. ( STEPHEN & BAYLY, 2000 ; SPEIRS, 1999 )

Etiologia

            Os  microrganismos que infectam principalmente os seres humanos são chamados de antropofílicos, enquanto que os que afetam basicamente os animais são chamados zoofílicos. Um terceiro grupo, dos geofílicos, são sobretudo saprófitas do solo e ocasionalmente infectam tanto seres humanos quanto animais. ( JONES et al, 2000 ; FRASER, 19   )

            São fungoas zoofílicos: Microsporum canis, M.gallinae, M. nanum  ( pode ser isolado do homem, de suínos e do solo ), M. persicolor, Trichophton equimum, T. mentagrophytes var.  mentagrophytes, T. verrucosum.  São geofílicos: Microsporum gypseum, M. fulvim, T. ajelloi, T.terrestre.  São antrofílicos:  Microsporum audoinii, Trichophyton mentgrophytes var. interdigitale, T. rubrum, T. schoenleinii, T. tonsurans, T. violaceum.  (CORRÊA & CORRÊA,1992 )

            No cavalo, o agente mais comumente envolvido é trichophyton equinum.  Com menor intensdade, estão implicados Trichophyton mentagrophites, Microsporum gypseum e  Microsporum equinum  e Microsporum canis.  (SMITH, 1994 )

            As dermatomicoses caracterizam-se pelo crescimento de microrganismos sobre ou no interior dos pêlos, no estrato córneo da epiderme nos folículos capilares, ou nas unhas. A infecção não se dissemina para estruturas mais profundas da pele. Com freqüência é mais fácil a visualização dos microrganismos no interior ou sobre os pêlos onde são observados dois tipos principais de crescimento: dermatofitos ectothrix, caracterizados por uma invasão miceliana no interior do pêlo, com artrosporos no lado externo do fio capilar e artrosporos endotrix,  encontrados no interior do pêlo. Todos os patógenos animais são do tipo  ectothrix.

            Quanto à resistência, os dermatófitos são muito resistentes ao ambiente e aos desinfetantes, permanecendo endêmicos nas criações, principalmente os zoofílicos e geofílicos, que podem ser recuperados de instalações após mais de um ano de terem sido retirados os animais com tinhas. ( CORRÊA & CORRÊA, 1992 )

Epidemiologia

            As tinhas ocorrem em todos os mamíferos domésticos, mas de acordo com o quadro abaixo, há espécies de dermatófitos mais adaptadas a uma ou mais espécies de animais. (CORRÊA & CORRÊA, 1992 )

 

Origens de Dermatófitos de Mamíferos Domésticos

 

NOME

ORIGEM

ESPÉCIE MAIS AFETADAS

Microsporum canis

Zoofílico

Felina, canina, outras

M. gypseum

Geofílico

Bovina, suína, equina, outras

M. nanum

Zoofílico

Suíno

Trichophyton  equinum

Zoofílico

Equino, cão

T. mentagrophytes

Zoofílico

Geofílico

Bovina, equino, outras

T. verrucosum

Zoofílico

Bovina e outras

         

 

            Segundo BLOOD (1991), a maior incidência de casos clínicos ocorre durante o inverno e a de curas espontâneas  na primavera. Entretanto, os surtos em geral ocorrem durante os meses de verão, e é provável que o confinamento e a nutrição sejam mais importantes na disseminação da doença do que os fatores ambientais, como a temperatura e a luz solar. A suscetibilidade do animal é determinada pelo seu estado imunológico, de modo que os jovens são os mais suscetíveis.

            Ratificando a passagem acima citada, SMITH   ( 1994 ), complementa citando também a aglomeração de animais jovens, e fatores que diminuam a resistência às infecções, como a má nutrição, moléstia concomitante e o uso prévio de medicamentos imunossupressivos. Além disso, a umidade crônica por transpiração ou as agressões ambientais à barreira protetora da pele aumentam as oportunidades de infecção. (STEPHEN & BAYLY, 2000 )

            A transmissão da moléstia ocorre comumente de animal a animal por contato direto, ou indiretamente através de fômites como: instrumentos de tratamento do exterior dos animais, esporas, estabulação, cercas e comedouros ( SMITH, 1994 ), onde os fômites mais importante para BLOOD ( 1991 ), é a cama, os arreios, as raspadeiras e os cobertores. Os esporos podem viver sobre a pele sem causar lesões, e este tipo de “animais portadores” pode agir como importante fonte de infecção. THOMASSIAN (1990 ), ratifica as afirmações acima.

            De acordo com CORRÊA & CORRÊA ( 1992 ), os dermatóftos sendo tanto geo, zoo como antrofílicos, não se pode falar realmente em transmissores e vetores, a não ser que se considerasse que, como um fungo zoofílico necessita instalar-se num num para manter-se e depois infectar a outros, o animal infectado seria reservatório, transmissor e fonte da infecção por contágio direto, o que nos faz conceituar que as tinhas não tem transmissores nem vetores propriamente ditos.

            O período de incubação pode variar entre 1 a 6 semanas, e na maior parte das circunstâncias, a dermatofitose é moléstia autolimitante, durando a infecção entre 1 e 4 meses. Provavelmente, a regressão espontânea está pelo menos em parte relacionada ao desenvolvimento da imunidade. A imunidade que se desenvolve provavelmente é incompleta, e sua duração é desconhecida. (SMITH, 1994 )

Patogenia

            Quando os esporos fúngicos entram em contato com a pelagem, pode ou não ocorrer infecção. Os eporos podem ser mecanicamente removidos, podem ser incapazes de competir com a flora normal da pele ou permanecem na pelagem em estado dormente até que haja condições ideais para infecção. ( STEPHEN & BAYLY, 2000 )

            Os fungos atacam principalmente os tecidos ceratinizados, em particular o estrato córneo e os pêlos, levando à autólise das estruturas fibrosas, à fragmentação dos pêlos e à alopecia. A exsudação oriunda das camadas epiteliais invadidas, os restos epiteliais e as hifas produzem as crostas secas características da doença. As lesões progridem quando há condições ambientais favoráveis ao crescimento micelial, como atmosfera quente e úmida e pH da pele ligeiramente alcalino. Tais fungos são aeróbios estritos e morrem sob as crostas no centro da maioria das lesões, ficando ativa apenas a periferia. Este tipo de crescimento determina a progressão centrífuga e a forma de anel característica das lesões. ( BLOOD, 1991 ) Os dermtófitos invadem a ceratina da epiderme e a pelagem com o auxílio de enzimas alergênicas para o hospedeiro. A dermatofitose é considerada uma dermatite de contato biológico. ( STEPHEN & BAYLY, 2000 )

            É comum a invasão bacteriana secundária dos folículos pilosos. Os animais que se recuperam de uma infecção eperimental ou natural tornam-se resistentes a reinfecções, embora possa haver uma dermatite micótica no local da reinfecção. A imunidade é específica para as espécies de fungos correlatas e dura até dois anos em equinos. ( BLOOD, 1991 )

Sintomatologia Clínica

             Diversas dermatoses caracterizadas por alopecia e / ou formação de escamas e crostas são, por vezes erroneamente imputadas às infecções por dermatófitos. A dermatofitose é relativemente rara no ovino e caprino. A principal característica clínica da dermatofitose é a natureza multifocal de suas lesões. ( SMITH, 1994 ) A sintomatologia clínica da dermatofitose, incluindo dor e prurido é variável. A infecção é de distribuiçào folicular e as lesões iniciais freqüentemente começam com uma erupção papular com pêlos eretos. As lesões evoluem rapidamente para pápulas crostosas que se espalham circunferencialmente. A lesão clássica é uma área circular de alopecia com pêlos grossos na margem e quantidades variáveis de descamação. Podem observar-se eritema e hiperpigmentação.        ( STEPHEN & BAYLY, 2000 )

            O grau de prurido associado é variável, mas comumente é brando ou está ausente.    ( THOMASSIAN, 1990 )Em cavalos e bovinos, as lesões comumente se localizam na cabeça, pescoço, ombros e paredes laterais do tórax. Raramente no cavalo, as dermatofitoses podem estar limitadas à face caudal da região da quartela. No cavalo a manifestação inicial da moléstia pode ser similar à urticária, com os pêlos nas regiões afetadas permanecendo eretos. Este quadro pode ser seguido por alguma transudação até a superfície. Contudo, muito rapidamente as lesões criam áreas definidamente demarcadas de perda de pêlos, descamação e formação de crostas. ( SMITH, 1994 )

            SMITH ( 1994 ), enfatiza que a alopecia e/ou a descamação e formação de crostas  abrangendo as áreas de pêlos longos da crina e cauda raramente estão envolvidas.

            Enfim, a apresentação macroscópica das tinhas nos animais domésticos costuma apresentar áreas arredondadas, alopécicas, com eritema maior ou menor, principalmente periférico, com hiperceratose e descamação furfurácea. Raramente há inflamação visível, e quando há, geralmente a lesão causada se deve ao ato de coçar, ou por infecção secundária quase sempre devida a S. aureus. (CORRÊA & CORRÊA, 1992 )

Diagnóstico

            O diagnóstico das tinhas baseia-se na evidência da infectividade, na aparência das lesões características e na presença de micélios ou esporos do  fungo. ( BLOOD, 1991; THOMASSIAN, 1990 )

            O exame microscópico direto de pêlos infectados tem valor, mas para  SMITH          ( 1994 ) o método mais comumente empregado e mais confiável para o diagnóstico da dermatofitose é o uso de culturas fúngicas.

            Pêlos quebrados na periferia das lesões são muito satisfatórios para tal finalidade. Grandes crostas e/ou áreas de separação deverão ser evitadas. Ocasionalmente, a dermatofitose é diagnosticada pela histopatologia ( SMITH, 1994 ) Os achados histológicos incluem foliculite, perifoliculite e furunculose; dermatite perivascular superficial com orto– ou paracetose; e dermatite vesicular ou pustular intra epidérmica. Pode haver hifas fúngicas septadas e esporos ovais na ceratina superficial ou em folículos pilosos.  ( STEPHEN & BAYLY, 2000 )

            Para STHEPEN & BAYLY ( 2000 ) e SPEIRD ( 1999 ) e FRASER ( 19  ), o diagnóstico é feito por demonstração e identificação do microrganismo. Os exames com a lâmpada de Wood não são particularmente úteis no campo em decorrência dos poucos casos de dermatofitose equina serem causados por M. canis (apenas o M. canis       fluoresce ). O exame direto do pêlo e da escama é útil, mas requer treinamento especial. Os testes mais seguros são cultura fúngica e biopsia de pele.

            Como citado anteriormente, o diagnóstico laboratorial baseia-se no exame de raspados de pele para a pesquisa de esporos ou micélios através da microscopia direta ou cultura fúngica. Para isso, os raspados de pele devem ser feitos após desengordurá-la com éter ou álccol, caso tenham sido feitos curativos com substâncias gordurosas (BLOOD, 1991), esse procedimento tem como objetivo diminuir  o crescimento de contaminantes. (STEPHEN & BAYLY, 2000 )

            As amostras a serem enviadas ao laboratório devem ser acondicionadas em envelopes, pois os potes fechados favorecem o crescimento de fungos não – patogênicos. Vale ressaltar que o exame de raspado de pele pode ser necessário para distinguir as tinhas de sarnas e de infecções cutâneas mistas. ( BLOOD, 1991 )

Tratamento

            O tratamento é altamente recomendado com o objetivo de minimizar o contágio para outros animais e pessoas. ( FRASER, 19   ; STEPHEN & BAYLY, 2000 ) São empregados tratamentos tópicos ou sistêmicos, estes últimos no caso de lesões generalizadas. ( BLOOD, 1991 )

            Ao contrário dos autores acima, SMITH ( 1994 ), julga que as despesas envolvidas e a falta de conhecimento que tange à dosagem correta e especialmente considerando a natureza espontânea regressiva da moléstia, não recomenda o tratamento.

            Para aplicação tópica, as crostas devem ser removidas por meio de raspagem ou de uma escova de fios delicados, e o medicamento aplicado com a escova ou friccionando-o vigorosamente sobre o local. Deve-se ter o cuidado de remover o material raspado e queimá-lo. Aplicações tópicas apropriadas podem ser feitas com uma solução fraca de iodo, unguento de mercúrio amoniacal a 10% e soluções contendo compostos quaternários de amônia ( 1:200 até 1: 10000. Os unguentos que contêm os ácidos propiônico e undecilênico e seus ésteres são eficazes, não – irritantes para a pele e controlam invasões bacterianas secundárias. O complexo borotânico também é um bom fungicida e tem dado resultados no tratamento das tinhas de equinos. Tem a vantagem particular de dissolver-se em acetato de etila e álcool, de alto poder penetrante na pele. A pomada de tiabendazol a 2 a 4%, ou como uma suspensão em glicerina, em duas a quatro aplicações a intervalos de 3 a 5 dias, proporciona excelentes resultados. Uma outra preparação que se tem mostrado eficaz quando aspergida sobre os equinos acometidos e seus arreios é o N- riclorometílico – tetraidroftalamida, por meio da mistura de 60 g de uma solução a 45% deste composto com 13 litros de água. Esta solução é aplicada através de banhos ou aspersões diárias nos equinos, devendo-se também esfregá-la nos arreios. Foram conseguidos bons resultados com pomadas de iodo-povidona, tiabendazol e captano. ( BLOOD, 1991 )

            As drogas antifúngicas sistêmicas, como griseofulvina ( 50 mg/ Kg VO uma vez ao dia) ou itraconazol ( 5 – 10 mg/Kg VO uma vez ao dia ) são eficazes, mas caras. Em casos em que é necessário ou desejável tratar um rebanho infectado, o itraconazol, 5 a 10 mg/Kg VO uma vez ao dia durante 15 dias, abortará a infecção. É necessário terapia tópica simultânea com cal sulfurada. ( STEPHEN & BAYLY, 2000 )

            Para THOMASSIAN ( 1990 ), as soluções de sulfato de cobre 1 a 3%, violeta genciana a 1% e ácido salicílico em álcool a 5% também podem ser utilizados para banho dos animais. As tinhas rebeldes, de difícil cura, poderão ser tratadas, associado ao banho dos animais. As tinhas rebeldes, de difícil cura, poderão ser tratadas, associado ao banho, com aplicações de 20.000 UI / KG de penicilina e procaína e 10 mg / Kg de dihidroestreptomicina, pela via intramuscular, duas vezes ao dia, por 5 a 7 dias.

Profilaxia

            A profilaxia praticamente reside nos itens de tratamentos com as medidas terapêuticas e medidas auxiliares, outra medida é a de não comprar ou introduzir animais com doença cutânea em criação indene, sem antes obter o diagnóstico e tratá-la convenientemente. (CORRÊA & CORRÊA, 1992 ) Complementando o autor acima, BLOOD (1991) cita que são necessários isolamento e tratamento dos animais acometidos, a separação dos utensílios usados no arraçoamento, bem como a desinfecção de todos os fômites após o uso em animais acometidos. Recomenda-se a limpeza e, onde possível, a desinfecção  dos estábulos com um detergente comercial ou com solução forte ( 2,5 a 5%) de desinfetante fenólico ou hipoclorito de sódio ( solução a 0,25%).

            Abaixo teremos um quadro que resume uma abordagem de tratamento que visa a eliminação do microrganismo de hospedeiros infectados e descontaminação do ambiente.   ( STEPHEN & BAYLY, 2000 )

EXAME CLÍNICO

            O diagnóstico de enfermidades cutâneas equinas depende de uma anamnese, baseada em uma boa acuidade visual e em uma escolha criteriosa de testes diagnósticos. O exame físico tem por objetivos determinar o tipo e a configuração das lesões presentes, determinar a distribuição das lesões e avaliar o estado de saúde geral do animal. (STEPHEN & BAYLY, 2000)

            A pele é em dos órgãos mais fáceis de ser examinado, pois as lesões patológicas macroscópicas são visíveis para o veterinário. A melhor maneira de examinar os equinos com enfermidades cutânea é ao ar livre em luz solar forte. Freqüentemente é necessário raspar a pelagem para identificar as lesões. ( STEPHEN & BAYLY, 2000)

            Os seguintes algoritmos são úteis para o diagnóstico de prurido no equino: (STEPHEN & BALY, 2000)

 

ANAMNESE:

            No dia 22 / 01 / 2001, na Cavalaria da Polícia Militar, foi examinado o animal de número 11, 10 anos de idade, macho, que tem por finalidade sela militar / equoterapia, de temperamento  dócil. A queixa inicial foi  de áreas alopécicas, presença de crostas na região da crina e cauda e prurido. Este problema foi observado há 8 meses atrás, que iniciou-se n crina, cauda, cernelha e pavilhão auricular. O problema apresenta-se de forma contínua, onde observa-se uma piora no período de chuva. O animal se coça, esfregando-se na baia. Segundo o proprietário, outros  animais em contato com o equino acometido e os tratadores e pessoas que manipulam esse animal não apresentam problemas de pele. Em casos, em que há o aumento da população de mosquitos, aplica-se inseticidas e cal de 6 em 6 meses. Durante o período ( 8 meses ), o animal foi submetido a aplicação medicamentosa, tanto tópica quanto injetável.

Medicamentos Tópicos: Quadriderme ( Vet. ), Biocid, hipoclorito de sódio, Ectomozol spray.

Medicamento Injetável : Monovin A.

            Dos medicamentos utilizados, o animal apresentou melhora em seu quadro sintomatológico com a aplicação de quadriderme e hipoclorito de sódio . Obs: em decorrência da falta de quadriderme, o quadro se restabeleceu ( da doença ) novamente.     

            A alimentação do animal é um ração concentrada com verde incorporada ( alfafa ), em uma quantidade de 2Kg / 100 Kg, 3 vezes ao dia. o esquema de vermifugação é de 4 em 4 meses, porém o animal foi vermifugado pela última vez em junho / 2000. O animal utiliza uma sela individual.

            Diante da situação observada, foi feito o raspado superficial, onde utilizou-se de álcool 70%, para que houvesse uma diminuição de microrganismos saprófitos que pudessem mascarar o resultado. Foi colhido sangue ( veia jugular em frascos com EDTA – 5 ml ) e fezes .

        Animal pertencente a Cavalaria da Polícia Militar-PA (finalidade: sela militar / equoterapia).

 

 

         Região da base da cauda. Essa área está depilada para facilitar o tratamento, possibilitando também uma melhor visualização das lesões cutâneas.

 

        Região de crina, crostas em toda sua extensão.

 

 

 

      Pavilhão auricular com presença de crostas e bordas apresentando regiões alopécicas.

 

 

Região de cauda.

 

 

 

EXAME LABORATORIAL

Raspado Cutâneo

Exame Microscópico Direto: Pega-se os pêlos e crostas e os coloca em uma lâmina com 2 gotas de hidróxido de potássio 10% ( KOL ) e  comprime com a lamínula. Após a montagem aquece a lâmina e observa-se ao microscópio em um aumento de 100 – 400X. durante a observação, procura-se por artrósporos endo e ectothrix.

Cultura Fúngica: Meio-ágar sabourand, que é um meio específico para fungos e possui cloranfenicol + ciclohexamida (que evita fungos de contaminação)

Hemograma

Exame de  Fezes:

Técnica de Sedimentação: Foi diluído 7 gramas de fezes em 200 ml de água no Beaker, deixando em repouso durante uns 15 minutos, para o amolecimento. Tamisou-se a suspensão diretamente no cálice de sedimentação, e novamente deixou-se em repouso por uns 25 minutos. Decantou-se o líquido sobrenadante e foi adicionado ao sedimento 200 ml de água. Agitou-se a mistura, deixando sedimentar por 20 minutos. Decantou-se o líquido sobrenadante e foram coletadas com uma pipeta algumas gotas do sedimento. Foi examinado no microscópio entre lâmina e lamínula.

Técnica de Mc Máster: Triturou-se as fezes (2g) em um copo com um bastão de vidro e foi acrescentado 28 ml de solução fisiológica para ser homogenizada. Passou-se a mistura através do tamis e sobre a tela foi adicionado 30 ml de solução hipersaturada de NaCl. Esperou-se dois minutos para os ovos flutuarem e foi observado ao microscópio com objetiva 10, quando foi iniciado a contagem.

DIAGNÓSTICO: dermatofitose eqüina ( baseado  no laudo do exame microbiológico)

TRATAMENTO

Assepsia com hipoclorito de sódio, iodo a 2%: diariamente.
Sulfato de cobre a 2% : pulverização de 7 em 7 dia
O tratamento deverá ser feito em um período de 2 meses, tempo suficiente para a  melhora do quadro.