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“FEBRE AFTOSA”
1- Conceito - É uma doença
inicialmente febril de caráter aguda, altamente contagiosa, e se caracteriza
pela formação de vesículas ou aftas na pele e nas mucosas, principalmente
na boca, entre os dedos, no úbere. 2- Etiologia - O vírus é um
Picornavírus do grupo Rhinovírus, é um dos menores vírus que se conhece.
É um RNAvírus, não possui envelope e é estado em ph 7,6. Não resiste a ph
menor que 5 ou maior que 9. A 100oC é desativado imediatamente, à
56oC resiste por até 30 minutos. Resiste até 76 dias na medula
óssea. Resiste ao fenol, cresol, álcool, cetona, clorofórmio e detergentes.
É sensível aos ácidos e bases. - É cultivado na célula
BHK20 e apresenta vários tipos e subtipos. 3- Susceptibilidade - Animais ungulados
(cascos fendidos), bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. - Os bovinos recuperados
se tornam portadores permanentes. - Os cervídeos são
reservatórios naturais. 4- Transmissão - Contaminação de água
e alimentos pela saliva de animais doentes e portadores. - O homem, os veículos,
pássaros (são grandes transmissores) e no caso da aftosa de úbere, a mão
do ordenhador ou o copo da ordenhadeira mecânica. - Não ocorre
epidemiologicamente. 5- Patogenia - Ingestão de água ou
alimentos contaminados – o vírus chega ao epitélio digestivo – onde vai
formar vesículas primárias – PI de 2 a 6 dias – as vesículas se rompem
– causando viremia (multiplicação no sangue), onde se tem febre, sendo o
primeiro sinal da aftosa – distribuição e localização nas mucosas e
peles formando vesículas secundárias. - Febre aftosa fulminante
é quando o vírus tem predileção pelo trato respiratório. - Em suínos a
mortalidade é 100%. - Quando é do tipo C tem
tropismo pelo coração e em bezerros temos morte súbita e quando ocorre em
adultos pode-se ter cardiopatia crônica, onde o animal come pouco e adora
ficar na sombra. 6- Sintomatologia - O 1o é a
febre que aparece após o PI (2 – 6 dias), em alguns casos dependendo da
virulência da cepa, do tipo e subtipo esse PI pode cair pra 24 horas. A
partir daí aparecem as aftas podais e orais. Em seguida a formação de
vesículas, que nos bovinos as mais importantes são as bucais, ocasionando
uma salivação. Os bezerros podem apresentar distúrbios digestivos. Não é
comum, mas a febre aftosa pode ocasionar o aborto. Nos suínos as aftas podais
ocorrem mais comumente, e também há uma grande mortalidade de jovens. 7- Complicações - Em rebanho leiteiro a
infecção do úbere abre porta para as mamites. - Nos dedos pode causar
Cabarro (proliferação de tecidos granulomatosos sobre a ferida), que dói e
conseqüentemente o animal não anda, morrendo de debilidade. - No tipo C, causa as
cardiopatias crônicas que provocam uma queda de 50% na produtividade do
rebanho. 8- Diagnóstico
diferencial - Exantema vesicular
(doença vesicular dos suínos) Caliciviridae -
calicivírus Pode acometer eqüin - Estomatite vesicular
(Pseudo-aftosa) Eqüino, bovinos, suínos
e homem. Drosophila Phlebotomo Estomatite – vesículas
pequenos com líquido amarelo.
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