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   “RAIVA”

Causada por um vírus estreitamente neurotóxico, acomete homens e animais e se caracteriza por sintomas de paresia, paralisia e morte.

1-      Etiologia

-         O Ag. Etiológico da raiva é um RNAvírus. É um Rhabdovírus do gênero Lyssavírus. Apresenta uma simetria helicoidal e se apresenta a semelhança de um projétil. Facilmente isolado por inoculação intracerebral em camundongos lactentes.

2-      Transmissão

-         Mordida de um animal que esteja eliminando o vírus através da saliva.

-         Picadura do morcego hematófogo portador do vírus

-         Transplacentária (< import.).

-         Aerógena (< import.).

-         Lambedura, se existir uma solução de continuidade na pele (< import.).

3-      Susceptibilidade

-         Todos os animais, sendo que os mais jovens são mais susceptíveis.

4- Fatores que influenciam a susceptibilidade

-         Local da mordedura

-         Quantidade e profundidade

-         Espécie que mordeu

-         Idade

-         Presença de hialuronidase (facilita o deslocamento entre as fibras musculares) na saliva. Os carnívoros possuem e os herbívoros não.

5-      Patogenia

-         O vírus penetra pela via transcutânea e caminha através dos filetes nervosos em direção ao SNC por um movimento centrípto denominado de NEUROPROBASIA. Ao chegar no SNC, sofre uma multiplicação e vai para o gânglio trigêmeo através de um movimento centrífugo, denominado de SEPTINEURITE. Daí vai para as glândulas salivares, principalmente a submandibular, de onde é eliminado pela saliva.

6-      Sintomatologia

-         O PI, nos carnívoros varia de 8 dias a 2 meses, podendo chegar a 1 ano, e nos herbívoros varia de 2 – 3 meses, podendo chegar a 2 anos. Possui 2 tipos de raiva:

A) Furiosa: Apresenta 3 fases:

a.1) Prodômica: Se caracteriza pela mudança de hábito.

a.2) Agressiva: O animal fica agressivo e desenvolve uma sialorréia, apresenta “delírio ambulatorial” e caçam mosca imaginária.

a.3) Paralítica: Há paralisia de faringe e esôfago, atinge os membros, paralisia de reto e do diafragma.

B) Muda: Apresenta-se de forma mais rápida e não se observam as fases prodômica e agressiva, o animal entra em paralisia.

-         Nos bovinos observamos a raiva furiosa na fase agressiva.

-         Nos eqüinos além da sintomatologia normal, observamos no ponto de inoculação do vírus um prurido intenso em que o animal muitas vezes chega a dilacerar o tecido.

-         Nos suínos existe a sintomatologia comum, existe um prurido intenso no local da inoculação no tecido e nessa espécie observamos parorexia.

-         Em ovinos e caprinos é semelhante a de bovinos.

7-      Diagnóstico

- O diagnóstico clínico pode ser sugestivo quando há presença dos sintomas nervosos e paralíticos e no caso de herbívoros, além dos dados nervosos e paralíticos, também pela ocorrência na região.

- Diagnóstico laboratorial:

a) Pesquisas citológicas de inclusão de Negri, que consiste em fazer um esfregaço de material nervoso e cora-se pelos métodos de Seleers ou de Faraco, observando as inclusões intracitoplasmáticas (CN). O encontro desses corpúsculos se dá a positividade, mas caso não haja esse encontro, não podemos dizer que o material é negativo, então fazemos suspensão desse material e inocula-se intravertebralmente em camundongos lactentes. Em caso de material positivo, estes camundongos vão apresentar a doença e morrer em menos de uma semana, retira-se o cérebro e faz-se novos esfregaços, onde se encontrará os CN.

b) Pesquisa imunofluorescente do antígeno rábico, consiste em aglutinar o antígeno rábico com a fluoresceína e observar em microscópio pra imunoluorescência e vamos observar a formação de corpos brilhosos (provenientes dessa união).

8- Material para laboratório

- Material nervoso (cérebro), conservado em gelo.

9- Imunização

- É feita através de vacina

a)      Vacina a vírus vivo atenuado. Ex: Fleury, é uma vacina do tipo LEP (baixas passagens em ovos) e do tipo HEP (altas passagens em ovos)

b)      Vacina a vírus vivo inativado sem adjuvante imunológico. Ex: Fuenzalida

c)      Vacina a vírus vivo inativado com adjuvante imunológico (certas substâncias que servem para envolver o vírus). Ex: Farmidogel

d)      ERA, é produzida a partir dos rins de suíno.

Na prática, vacinam-se cães e gatos do tipo HEP (IM) ou Fuenzalida ou ERA (SC). Feita com 6 meses e repetições anuais.

Ruminantes, eqüinos e suínos: ERA (SC) 3 – 6 meses e repetição com 1 e 2 anos, em ruminantes só se recomenda fazer em regiões onde ocorre a doença.

10- Profilaxia

-         Combate ao cão vadio

-         Combate aos reservatórios (todos os animais que possam adquirir a doença)

-         Combate ao morcego hematófago

-         Vacinação

11- Tratamento

-         Não existe